Com 13 anos dei meu primeiro beijo na boca.
Olhem bem, 13 anos, mas pelo meu jeito de ser eu tinha uma incontestável fama de piranha. Só minhas amigas sabiam que eu não era nada daquilo, elas sim faziam e aconteciam [nem tanto assim, mas pelo menos faziam].
Ta, legal, parabéns beijou na boca Uhul..!
E daí... não parei mais [calma, não era tanto assim também né].
Eu tinha que fazer tudo escondido.
Não citei, mas eu fui praticamente criada pelos meus avós.
Meus pais trabalhavam o dia inteiro, e eu ia pra minha casa basicamente para dormir.
Nos fins de semana eu já não queria também ficar em casa, pois todos os meus amigos e paixonites eram do condomínio da minha avó.
Ahhhh... Minha avó.
Ta pra nascer mulher igual a essa, eu sou uma sortuda, sem dúvidas. Ela me educou e me ensinou a ter caráter.
Ela que sabia tudo o que eu gostava de comer, que fritava batatinha pra mim e fazia um bolinho de banana que nunca mais comi igual.
Jamais vou ser tão agradecida a alguém como sou por essa senhora maravilhosa que tenho o prazer de chamar de vó [mesmo ela estando mais pra mãe do que pra Vó]. Sem desmerecer meu avôzinho q sempre me tratou como filha também, sempre me deu de tudo, me mimou, me amou... E ai de quem mexesse comigo.
Ta aí uma das explicações do porque sou tão mimadinha às vezes, até hoje. Sou a típica menina “criada por vó”.
Mesmo aos 13 anos eu já tinha planos para morar sozinha, sempre fui independente e me achava muito madura.
Mal sabia eu que faltava muita coisa ainda pra sequer ser adulta, quanto mais madura...